
Todos temos a noção da existência de declives, ou mesmo de despenhadeiros, entre o que vulgarmente chamamos gerações. Os historiadores sabem-no ainda melhor, dado que, para além da perceção empírica comum a toda a gente, desenvolvem todos os dias um trabalho de compreensão mais alargado, comparativo e situado numa escala longa do tempo. Conhecem bem, a par sobretudo dos sociólogos e dos antropólogos, o modo como esta transformação sofre hoje uma espécie de expansão geométrica, conduzindo esta a que o que se designa «salto geracional» seja cada vez mais curto. O que outrora demorava milénios a mudar, passou a levar séculos, depois décadas, mais recentemente apenas alguns anos, cada vez menos.
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