
Ainda ontem aqui deixei um texto crítico mas esperançoso sobre as contradições do PCP e a necessidade destas serem superadas num processo dinâmico de aproximação política à esquerda, bem como num quadro de solução governativa do qual os comunistas poderão, e com toda a certeza deverão, fazer parte. Mas entretanto, durante os trabalhos do XIX Congresso, parece ter ficado muito claro o sentido tomado pela estranha «solução» de governabilidade que o partido advoga para Portugal. Um «governo patriótico de esquerda» (eis o novo mantra a partir de agora), do qual se excluem formalmente o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda (quem o comporá então? e como se chegará a ele?), que preparará uma viragem do país para o interior de si próprio (uma «cubanização» fora do tempo?), de costas para o projeto europeu (que em vez de ser reformado será abandonado), associada a uma «saída do euro» apontada como inevitável e salvífica. ler mais deste artigo
