| Yves Montand em Parigi è sempre Parigi (1951), de Luciano Emmer
Elegia e Recordação da Canção Francesa
por Jaime Gil de Biedma
C’est une chanson
que nous ressemble.
J. Kosma e J. Prévert: Les feuilles mortes
Lembrai-vos: a Europa estava em ruínas.
Todo um mundo de imagens me resta desse tempo
descoloridas, a ferir-me os olhos
com os escombros dos bombardeamentos.
Em Espanha, a gente apertava-se nos cinemas
e não existia aquecimento.
Era a paz – depois de tanto sangue –
que chegava andrajosa, como a conhecemos
os espanhóis durante cinco anos.
E todo um continente empobrecido,
carcomido de história e de mercado negro,
de repente foi-nos mais familiar. ler mais deste artigo