Os desmandos do Chega, praticando e disseminando em crescendo a ordinarice mais abjeta, o racismo sem máscara, a gritante xenofobia, a vulgarização do ódio, além do nacionalismo bacoco, da deturpação da nossa própria história e da subversão das conquistas democráticas, praticados inclusive dentro do próprio parlamento, requerem um combate ativo. Desde logo, através de medidas dos orgãos de soberania e dos tribunais que têm por dever aplicar a Constituição e preservar o Estado de direito, e também por meio de uma iniciativa mais enérgica dos partidos democráticos.
Porém, a compreensão necessária para com muitos dos seus votantes, pessoas pobres e sem instrução que não devem ser hostilizadas, não justifica que se faça a mesma coisa com os seus representantes e ativos. Estes devem ser abertamente combatidos e isolados, para sentirem a segregação que apregoam e regressarem à natural obscuridade e irrelevância de onde jamais deveriam ter saído. Com aquela gente criminosa e cheia de veneno, não pode existir tolerância alguma. Por mim, é o que faço sempre que posso, se necessário for, lamento, com pessoas que outrora até foram próximas.


