Presumo que os autoproclamados «amigos da paz», que na realidade das consequências políticas do que defendem traduzem esta na capitulação diante do agressor – como aconteceu na Síria e agora esperam que ocorra na Ucrânia – estejam intimamente satisfeitos com as últimas declarações de Vladimir Putin, segundo as quais a Rússia estará «pronta» para combater a Europa no plano militar. Na verdade, na escolha entre a União Europeia democrática (simplisticamente julgada «capitalista», logo «má»), e o regime ditatorial e expansionista que governa a Federação Russa (saudoso do pré-1989 e amigo de Nicolás Maduro, logo «bom»), jamais hesitarão. Embora não tenham coragem política suficiente para o afirmarem de forma clara e aberta, pois sabem que isso lhes traria pesadas consequências junto dos eleitores situados fora do seu estreito, nostálgico e fechado círculo.

