Num momento de crescente confronto, do qual emerge agora, como um perigo real, uma extrema-direita que a direita «moderada» trata cada vez mais como sua, custa-me ver amigos e amigas, pessoas que estimo e sei sinceramente democratas e antifascistas, compactuarem com forças de esquerda que, na sua cegueira e sectarismo, rejeitam ativamente qualquer aproximação efetiva, no terreno, a outras forças democráticas, desta forma beneficiando de facto essa direita e os seus propósitos eleitorais. Sempre em nome, objetivamente, de fantasmas do passado que repetidamente lhes parecem maiores que os demónios do presente.