Whadda mistaka da maka!

Bertorelli

Não deixa de ser curiosa a forma como um certo tipo de glosador da realidade circundante – da mesma espécie que correu em passo acelerado a acusar o Bourbon madrileno de sobranceria quando este sugeriu publicamente a Hugo Chávez que simplesmente deixasse os outros falarem -, ignore agora, ou refira só de raspão, a frase pronunciada por Isabel de Inglaterra quando esta se espantou, durante a régia recepção aos políticos do G20, com o tom vagamente tumultuoso, ou no mínimo alterado para o ambiente tranquilo do Palácio de Birmingham, da voz do cavaliere Berlusconi. Como este não é Chávez, agora o escândalo morreu à nascença e os exaltados de serviço deixaram as acusações no saco. O que até é injusto, dado fazer todo o sentido estranhar-se que uma figura como Isabel II ignore os traços dominantes de um dos personagens centrais de Allo, Allo!, uma das melhores séries de comédia para a televisão produzidas no interior dos seus reais domínios. Refiro-me ao sonoro Capitão Bertorelli, obviamente, que o estrepitoso Don Silvio descaradamente plagia.

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