Não sei quantos, não-sei-quê

Ao meu lado, duas estudantes, universitárias pelo negro trajar, procuram um livro. «Ele deve gostar deste, não achas?», pergunta uma delas, segurando um título que fala de um amor que não sei quantos. Abre o volume e fecha-o de novo sem ler uma linha: «pensando melhor, talvez ele não goste disto». E atira-o para cima da mesa. «Olha, Sónia, talvez, este», diz a outra. «Qual deles, Martinha?» «Este da Margarida não-sei-quê não-sei-quê».

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