Agora Xinjiang

Em Xinjiang

Os acontecimentos de Xinjiang, a região chinesa de maioria muçulmana, são insuportáveis. Já nem importa reconhecer se foram exactamente 154 os mortos, 828 os feridos e largas centenas os detidos pelos militares (assim o dizem as próprias autoridades chinesas), ou bem mais as centenas de mortos e os milhares de feridos e presos (segundo as notícias que chegam, ou chegavam, via Twitter). Se os exemplos do passado servem para alguma coisa, as contas certas penderão mais para a segunda das versões. Não importa também, neste momento, começar por averiguar da justeza de uma causa da qual a maioria de nós nem sequer tinha ouvido falar. Absolutamente prioritário é antes denunciar, sem hesitações, a repressão brutal de manifestações pacíficas e a completa ausência de vergonha de um regime para o qual o princípio da força e da intolerância se revela sempre indispensável à menor contrariedade, transigindo depois em todos os restantes.

    Atualidade, Democracia.