Votar (a escolha de domingo)

A larguíssima maioria das pessoas que aqui me seguem e lêem é composta por homens e mulheres, situados dentro da grande e plural área da esquerda, com quem tenho pelo menos algumas afinidades de natureza ética, estética, cultural ou política. É para elas este post, destinado a lembrá-las que, se ainda o não fizeram por antecipação, no próximo domingo, dia 30, não podem deixar de votar nas eleições legislativas.

Porque, acima das escolhas pessoais e da diversidade dos programas e do voto, o que está em causa é, no essencial, um combate que não pode ser ignorado entre dois grandes e incompatíveis modelos. De um lado a defesa da solidariedade social e do Estado-providência, de um crescimento equilibrado, do Serviço Nacional de Saúde, de um sistema educativo laico e democrático, dos direitos das minorias, da diferença e das escolhas pessoais, de um clima equilibrado que não ceda aos interesse económicos, de uma política europeia que não seja subserviente, dos interesses dos trabalhadores do público e do privado, de uma estabilidade que impeça ruturas, da coesão social e territorial, de um sistema fiscal que não privilegie os ricos, de um conhecimento e de uma cultura acessíveis a todos e ao serviço do crescimento, de uma concórdia que impeça o ódio e proteja a liberdade. Do outro lado, tudo o que se lhes opõe.

Por isso, e para que não se repita o pesadelo que vivemos entre 2011 e 2015, de modo algum podem ficar em casa no próximo domingo. Não deixem de votar e de votar bem. À esquerda, é claro.

    Apontamentos, Democracia, Opinião.