Chove em Havana

Havana

Porque há já alguns dias não passava pelo Generación Y, também não tinha lido o artigo de Yoani Sánchez sobre a curiosidade e as expectativas cubanas – dos cubanos comuns, pessoas da rua que vivem apenas vivem a sua vida – a propósito das eleições americanas. Um excesso de tédio produzido por dois presidentes em cinquenta anos e uma América física e culturalmente muito próxima, aguçaram o interesse e levaram até a tomadas de posição por um ou por outro dos candidatos. Com expectativas que se prendem com o futuro de Cuba, naturalmente. No ar, a sombra de uma democracia em diferido e uma vontade de que tudo mude para melhor, pois para pior já basta assim. Com a esperança de que, também aqui, a América se possa comportar agora de uma forma menos obtusa e brutal, deixando de fornecer argumentos a quem, ali mesmo, continua a defender-se com garras e dentes de uma mudança sempre adiada mas cada vez mais inevitável.

    Atualidade, Olhares.