Arrogância e cobardia nos EUA e por todo o lado

A cada dia que passa, as notícias que nos chegam dos EUA sobre a contínua extensão do autoritarismo, do combate contra a igualdade, da regressão civilizacional e da afirmação triunfante da estupidez e da desumanidade, são cada vez menos surpreendentes. Provavelmente, já nos habituámos a esperar tudo, mesmo o que ainda há pouco tempo era considerado inimaginável, da parte da segunda administração Trump e das forças políticas e sociais que a temem e, por isso ou por cumplicidade, com ela contemporizam.

Ontem mesmo soubemos da vontade do gestor da Casa Branca de acabar com a presença das mulheres nas forças armadas e de «pôr na ordem» através do exército as cidades que, pelas suas caraterísticas sociais e políticas, mais estão a resistir aos seus desejos. Quase tão inimaginável, porém, é a contemporização hesitante da maioria do Partido Democrata, envolvido nos seus conflitos internos e aparentemente bloqueado por eles. Um mundo estranho – dentro e fora dos EUA, na Europa também – em que a arrogância e a cobardia avançam de par a par nos espaços de decisão.

    Etc..