Chá no deserto

Do outro lado do Estreito, sem papéis e sem bagagem. Aceitar o calor. Falar a língua do colonizador tardio. Gesticular um pouco, se necessário. Seguir de dedo no mapa as cidades invisíveis (de Bowles). Espreitar os gineceus das suas casas. As fontes interiores que as suavizam. As sombras que se sucedem às sombras. Guardar o rumor berbere e depois o silêncio, sem olhar as espadas. Murmurar: «não importam as espadas».

    Devaneios.