Onde fica a revolução?

Onde fica a revolução?

De acordo com um artigo publicado há menos de um mês no The Economist, e devido sobretudo ao rápido crescimento dos chamados países emergentes, pela primeira vez na História mais de metade da população mundial é composta por pessoas da classe-média. Mesmo vivendo em numerosos casos com dificuldades, pessoas que dispõem de automóvel, conta bancária, cartão de crédito, telemóvel, muitas vezes casa própria. Os «partidos da classe operária» estarão assim, por imposição da realidade, condenados a tornarem-se partidos de trincheira, exilados na nostalgia de um mundo que se perdeu e na recusa de um presente que lhes foge. Esperando que tudo piore e as chaminés voltem a fumegar, espalhando limalha e extremando atitudes, para poderem retomar o seu caminho redentor. Marx «regressa» na pior altura.

Créditos: JCN, através do Twitter

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