«La Puta»

Das recordações da infância em Santiago de Cuba, conta assim Eduardo Manet: «A minha mãe não pronunciava a palavra: contentava-se em erguer os braços para o céu, fechava os olhos e articulava grosseiramente, para que eu a captasse sem a ouvir. ‘La puta’. Muitos anos mais tarde, não consigo ver um retrato de Isabel, a Católica, sem pensar interiormente, como teria feito a minha mãe: ‘A puta!’. Aquela que expulsou ou queimou árabes e judeus, a que trouxe a infelicidade.»

    Recortes.